sábado, 18 de março de 2006

Poema ignorado

Revolta-me a felicidade da ignorância
Seu olhar fechado, ouvido tapado e tato cerceado.
Revolta-me seu sorriso impassível
E o desdém por aquele que conhece.

Invejo a tranqüilidade da ignorância
Protegida da chegada do sol
pelas brumas da manhã.

Que me importa a cegueira voluntária?
Mas que é feito daquele que conhece?

Tira de mim toda a ciência
Arranca de mim toda a certeza
Pois de certo sei apenas o que quero
e não quero querer.
De certo sei apenas o que quero esquecer.


11.02.2006

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