sábado, 26 de novembro de 2005

Tenho saudades daqueles beijos apaixonados
Que nunca trocamos.

Tenho saudade das carícias ardentes
Que nunca nos demos.

Daquele olhar que ao longe busco,
Mas que nunca encontro

Daquele sorriso que me acalma
E sempre me foge.

Tenho saudade daquele amor que nunca vivemos
Das horas agradáveis que nunca passamos
E até da Dor de nunca tê-lo perdido.
É tinha razão! Parece que te vejo melhor sem a paixão. Triste fim para o tesão insatisfeito. Triste fim para a paixão interrompida.

Pena! Podia ser diferente. Quente. Ardente. Bastava deixar a emoção fluir. Decidir o trajeto e segui-lo.

Enfim, a paixão ruiu. Que restou? Amizade?!? Talvez...

Veremos o que nutria a procura insana de nós dois.

Paixão. Tesão. Amor. Amizade. Que importa? O importante agora é o recomeço da história inconclusa. O reescrever das páginas virgens da história que impediu de ser contada.

Afinal, os personagens mudaram... Mas a história continua.
Sou como uma nau sem rumo viajando em seus verdes olhos.
Hipnotizado pelo melodioso som de sua voz.
Arrebatado às profundezas de sua alma.
Escravizado por seu mágico sorriso.

Temo e desejo o encantamento que me arrebata
Os sentidos e me rouba a razão.
Esta mesma razão. Meu refúgio e cativeiro.
Meu oásis bendito e meu deserto escaldante.

Entrego-me e resisto à paixão que se insinua
Sedutoramente ameaçadora.
Encantadoramente perigosa.
Desgraçadamente esperançosa.

Luto pelo concreto do imaginário
Mas vivo a irrealidade asfixiante.
Percebendo sonhos e fatos
Mas fugindo destes até que me alcancem mais além.

Memórias de um dia ensolarado

Os pássaros gorjeiam na janela
Acordei sem saudades de você.
E o céu já não é cinza
Quando sonhava com teus beijos, teu cheiro
O manto escuro cobria meus olhos
E teu rosto, sem nome, povoava minhas fantasias.
O céu era cinza, o mundo sem cor,
e pálida minha imagem no espelho.
Hoje o céu é azul.
Acordei sem saudade de você.