sábado, 12 de janeiro de 2008

Hoje assisti um filme bonitinho
daqueles feitos pra emocionar.
Não deu certo, insensibilidade desatenta.
O happy end, passou rapidinho.
nem deu pra notar.

Acordo com o sol num afago amoroso,
Um convite à um novo dia, afinal.
Fecho os olhos na tentativa de reter os sonhos
que embalaram minha noite. Padrão desigual.
Algo novo em meio a antigos pesadelos.
Desassossegos que marcavam a procura usual.

Acordo por fim. Percebo o mundo mais colorido.
Felicidade irritante, diriam alguns.
O desejo, mais forte do que a realidade,
Pinta os fatos com cores adequadamente atraentes.
Um jogo arriscado. Apostas altas.
Mas eu sempre fui bom no Truco.
11/Jan/2008

domingo, 6 de janeiro de 2008

CONTRÁRIO

Nasci velho, morrerei jovem,
Com a juventude que a esperança me deu.
Nasci sábio, morrerei ignorante,
Seduzido pelo enigma da vida,
A Esfinge que me devora.
Nasci pai, morrerei filho,
Pela necessidade de ser aninhado.
Nasci santo, morrerei pecador,
Com a humanidade de quem erra.
Sigo a vida ao contrário.
Nasci um homem e sua história,
Morrerei apenas Eu.