terça-feira, 20 de novembro de 2007

Despedida

Hoje abri a janela não mais pra olhar a ti, senhora.
Abri a convite do sol, caloroso,
e da esperança que ele me trouxe.
Mas por velho hábito vou defenestrar
os resquícios de suas ordens insanas,
que sobre mim pairam ameaçadores.
Bato o tapete à janela
Despeço-me dos rastros de meus passos vazios.
Posto que não me pertenciam
Levo a carteira vazia,
mas trago comigo crédito em mim mesmo
como garantia de negócios futuros.