domingo, 14 de janeiro de 2007

Negação

Ante o desdém de teu sorriso vitorioso,
que me retém
e me exila à cama vazia
de meu corpo cansado de sonhar.
Pecho-me de pugilista
Ao derrubar tua empáfia
À passos de balé.
E, se amanhã, ao desjejum,
Apenas um lugar à mesa existir
Sentarei-me em regozijo.
Como se fosse eu o vitorioso
Por mais este não-querer.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Estranho-conhecido

Não sei quem é este estranho-conhecido
Um lugar invadido por bárbaros
Que nada pilharam,
Mas revolveram a terra que pisaram
em estranho rito de passagem.
Incompreensão nos olhos dos colonos assustados
Que se refugiaram nos escombros de antigas moradas
Intactas.
Mas que já não servem,
Pois se antes terra seca, agora vivificada.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007


Há dias sem palavras.
Nada a dizer.
Ruído preso na garganta
À espera de um xarope que o faça ceder.