segunda-feira, 17 de abril de 2006

Meta-existência.

Noite alta, lua cheia.
Pela escuridão caminha o Homem
Visitado por seres míticos
Que lhe narram sua meta-existência.
Com sons e imagens fantásticas

Sob o encanto de morfeu
Percebe que pensa onde não existe.
E trespassado por aquele sonho cumprido
(do qual lhe falou uma certa analista)
Reconstrói o mundo em si.

Percebe que existe onde não pensa.
Dizendo o que não é dito.
Expurgado por um novo rito.
Metafísico. Físico e Mental.
Que remodela o mundo apesar de irracional

17/abril/2006

quinta-feira, 6 de abril de 2006

O pensar e a pedra.

O mal do Homem
é que ele começou a pensar.
Então, inventou a dúvida.

Duvido, logo existo.
E existo em profusão.
Um tanto aqui e outro acolá.

Torno-me dois, ou mais,
Ou melhor uma junção.
Aquilo que fica a meio caminho.

E talvez eu seja aquela pedra,
Que nunca se esquecerá.
Mas que no meio do caminha fica.

Caminha? Não, espera!
Que um moleque displicente
a atire na janela.

(Ô, espera danada.)