sábado, 26 de novembro de 2005

Sou como uma nau sem rumo viajando em seus verdes olhos.
Hipnotizado pelo melodioso som de sua voz.
Arrebatado às profundezas de sua alma.
Escravizado por seu mágico sorriso.

Temo e desejo o encantamento que me arrebata
Os sentidos e me rouba a razão.
Esta mesma razão. Meu refúgio e cativeiro.
Meu oásis bendito e meu deserto escaldante.

Entrego-me e resisto à paixão que se insinua
Sedutoramente ameaçadora.
Encantadoramente perigosa.
Desgraçadamente esperançosa.

Luto pelo concreto do imaginário
Mas vivo a irrealidade asfixiante.
Percebendo sonhos e fatos
Mas fugindo destes até que me alcancem mais além.

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