
Já não sei quem sou, quem era e quem serei.
Sou um estranho deliciando-se na descoberta de si mesmo.
Fugi dos rótulos e os rótulos me fugiram incontinente.
Sou rocha sob a ação do escultor exigente
Que molda no rígido mineral sua idéia antropológica.
Sou água adaptando-se ao relevo insipiente
e cravando seu caminho entre as montanhas altivas.
Já não sei mais quem sou, quem era e quem serei.
Pois sou como o tempo, novo a cada segundo.
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